A planta que pode ajudar indígenas
1. O dia a dia Indígena
O garimpo ilegal e grandes empreendimentos têm tomado a terra de um povo nômade, que vive da natureza, no bioma Amazônia.
Um povo nômade que gradativamente perde suas terras para os colonizadores e vive sem matéria prima para seu sustento.
2. A importância dos indígenas
Na formação de nossas etnias, sendo protagonistas na sociedade, principalmente nas manifestações culturais, quando definem a identidade do Carnaval de Porto Alegre neste ano.
“Nós somos Os Caetés/ Índio forte e destemido/ Nosso pai é o Sol/ Nossa mãe é a Lua/ Abençoa, Senhor, os nossos coirmãos/ Saravá, saravá para eles/ Que combatem sem temor”.
CIMI 50 ANOS memória, resistência, mística e utopia.
Na formação da nossa linguagem e com nomes de cidades, de rios, de times de futebol.
Itaara é um território com dois biomas: Mata Atlântica e Pampa. A denominação do município tem origem no nome dado pelos habitantes nativos, os Tupisguaranis, que se referiam ao lugar como sendo Itaara, que significa “Pedra Alta” ou “Altar de Pedra”, segundo BELÉM, 2000.
3. Indígenas e a terra
Por que colonizadores desprezam os povos da floresta?
Colonizadores julgam os indígenas, chamandoos de preguiçosos e dizem que a Terra é de ninguém ou espaço sem organização.
A historiografia tradicional, referenciada em Mozart Pereira Soares (1974), fala em descobridor. A historiografia tradicional veio impor a civilização. Pois o “Descobridor”, ávido por terra, não chegou antes dos índios. Estes descobriram a erva-mate e logo depois vieram as massas de pobres brancos.
O que é descobrimento?
Na própria língua portuguesa, diz Paulo Freire (Congresso de Goiânia, 1982), descobrir significa achar pela primeira vez. Eu não posso descobrir o que pertence a alguém. Além de não “descobrir”, o branco veio depois para conquistar a terra, dominar a cultura da ervamate e impor a “civilização”.
4. Curiosidades sobre a utilidade da taquara
Ruínas de São Miguel das Missões RS.
Um dos principais pontos turísticos do Rio Grande do Sul, um conjunto arqueológico jesuítico.
Aprenderam a ler. .
Assim um exescravo cometeu a proeza de alfabetizar o seu proprietário. O caso foi no Rincão Reúno, Campo Novo, RS, quando utilizou como caderno uma folha de taquara e como lápis, um pauzinho pontiagudo. Martin Fischer (1959, p. 5) informa também que no último quartel do século XIX o cacique Fongue e seus liderados ocuparam os territórios ricos em caça e pesca nas proximidades dos rios Inhacorá, e se sustentavam com pesca, caça e alguma agricultura (BINDÉ, 1986).
O cacique Fongue dos Caingangs teria morrido, no Campo Novo, em 1886, com 151 anos de idade, com toda a lucidez mental. Contava a idade pelo florescimento da taquara, que floresce de 30 em 30 anos, conforme a sabedoria indígena.
5. Representação no governo:
Beatriz Matos, viúva de Bruno Pereira, assume cargo no Ministério dos Povos Indígenas. A antropóloga chefiará o Departamento de Proteção Territorial e de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato, que faz parte do Ministério dos Povos Indígenas. Brasil de Fato | São Paulo (SP).
Bruno Pereira foi demitido da Funai em 2019 após ações contra garimpo ilegal em terras Yanomami.
6. Apoio aos projetos indígenas: você vai ganhar?
A taquara é matéria essencial para o artesanato kaingang.
Você poderá usufruir do artesanato indígena.
A Morada do Bambu fará um curso gratuito para indígenas sobre a cadeia produtiva do bambu e sobre artesanato com bambuzeiros qualificados.
Desconto para doadores ou a combinar. Distribuiremos mudas aos indígenas. #empoderamento #solidariedade.
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Meio ambiente e sustentabilidade
Por que há crises ambientais?
No início tudo era lindo, e vivia-se em consonância com a natureza. Mas os ambientes naturais, que poderiam continuar sendo a melhor forma de construir a existência, foram modificados pelo ser humano.
No século XVIII, com a revolução industrial, agravou-se a insustentabilidade. Com o uso do petróleo e seus derivados, no século XX, houve um extraordinário aumento dos consumos dos recursos naturais e novos estilos de vida; proliferaram as grandes crises.
Com o incrível aumento dos desmatamentos, ocorreu a destruição de ecossistemas terrestres. Isso trouxe a destruição de solos, a erosão, a desertificação, a
extinção de espécies e o declínio da biodiversidade, globalmente.
No Brasil, duas catástrofes ambientais nos deixaram muitos sensibilizados: a de Mariana, em 2015 e a de Brumadinho em 2019.
Foto de Ricardo Stuckert Rio Paraopeba, contaminada pela lama tóxica da Vale, traz riscos à saúde. 1.
Legisladores sempre estiveram atentos. Temos a Agência Nacional de Águas (ANA), criada pela lei no 9.984 de 2000. É reguladora, dedicada a fazer cumprir os objetivos e diretrizes da Lei das Águas do Brasil, a lei no 9.433 de 1997. Segue basicamente quatro linhas de ação: regulação, monitoramento, aplicação de lei e planejamento.
Apesar do histórico de legislações nas Constituições, o problema, para nós, não está na lei, mas na mudança da legislação. Enquanto países desenvolvidos tem leis que são referendadas para até dez anos, a nossa legislação está à mercê de constante mudança. O que pesa mais para determinados grupos de parlamentares no Congresso, não é a proteção ambiental, mas a sua vantagem pessoal. Os impactos ambientais da mineração afetam os ambientes hidrológicos, atmosféricos, além da biosfera, dos solos e das formas de relevo.
Com o agravamentos dos problemas foi necessário um relatório na transição do governo Lula: “quanto ao legado do governo Bolsonaro no âmbito das políticas
ambientais e climáticas, é notório o rebaixamento organizacional e a falta de compromissos com os acordos internacionais. A destruição ambiental nos dois últimos anos foi a maior em 15 anos. Em quatro anos, o governo Bolsonaro destruiu 45 mil km2 com desmatamento só na Amazônia”. 2.
Então, mudanças climáticas atingem o Meio Ambiente, alterando os resultados dos gases, efeitos estufas e de aquecimento global. No Brasil, chuvas em grande quantidade em algumas regiões e secas prolongadas em várias outras. Nada acontece por acaso, pois há destruição em larga escala dos lençóis freáticos, contaminação das águas e destruição das matas em favor de novos empreendimentos. O desenvolvimento econômico tem puxado a fila do progresso em nossas sociedades.
A ética do lucro sem medida precisa ser substituída por outra ética, a ética do cuidado com a terra. É hora de parar e refletir sobre a ética, sua história e fazer a melhor opção.
O livro Soluções para as Crises: Sociedades Sustentáveis apresenta as éticas e faz uma comparação da ética do progresso, da sociedade industrial com a ética da Permacultura, do cuidado com a terra. 3.
O ser humano esquece da vida. Os valores são apenas materiais, a terra é contaminada com venenos, as árvores são arrancadas de seu lugar de origem, a fauna e a flora deixam de existir, vem a crise climática.
Então, vivemos tempos que clamam por políticas públicas e ajuda mútua em prol do meio ambiente e da sustentabilidade. Refloreste o meio ambiente com bambu!
Referências:
1. Vale: http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/news/Paginas/brumadinho-balancodasacoesate252.aspx. Acesso em 12 de março de 2019.
2. Relatório de Transição do Governo Lula.
3. Bagetti, Vilmar. Soluções para as crises: Sociedades Sustentáveis: Permacultura e Bambu. Santa Maria RS. 2018.
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