Gestão da água na propriedade com foco em Bambu
1. Valor da água
Por que? Necessidade de autonomia!
Ter autonomia para não ter dependências.
Fonte: Permacultores urbanos.
2. Crise hídrica
Por que há crise hídrica?
Quando tudo poderia ser tranquilo como a água de uma torneira.
Os fatos são outros. Pois, no momento da escrita deste artigo as notícias são preocupantes: Falta água em bairros da capital. Também, há estiagem em vários municípios gaúchos e enchentes em outras regiões do país. Vários fatores corroboram para que isto aconteça.
A principal foi a agricultura moderna; e tem sido a maior causadora de desmatamentos e degradações de solos, influi sobre a água e sobre as emissões de
gases do efeito estufa. Há portanto, uma perturbação do ciclo das águas.
Existe um ciclo hidrológico que precisa de mudanças.
3. Ações:
Que ações são necessárias?
Nutrir o solo, proteger as espécies vivas, demandar menos recursos, preservar as florestas, manter livres e limpas as nascentes e cursos d’água.
Então, para que as mudanças aconteçam é necessário um planejamento para o bom andamento das atividades na propriedade.
Planejamento segundo os princípios éticos da Permacultura:
Cuidar da terra, cuidar das pessoas e preço justo. Assim, garantimos que o solo continue produzindo alimentos para humanos, animais e para a própria natureza, de um modo sustentável
Reabilitar terras degradadas pela ação humana, plantio planejado de espécies que recuperem o solo, recomponham nutrientes e protejam da erosão.
Criar ou reforçar ecossistemas para prover nossas necessidades e preservar a biodiversidade, reinserindo espécies nativas e valorizando recursos locais.
Cuidar das pessoas:
É reconhecer e suprir as necessidades das pessoas, para que elas tenham qualidade de vida, possibilitando as à desenvolver seus potenciais, e causar menos impacto no planeta.
Bosques ciliares ou ribeirinhos, com Bambus.
4. Manejo sustentável
O bambu é serviço ambiental para o ecossistema e protege as fontes d’água.
Por isso ações de reflorestamento em áreas degradadas. O bambu se apresenta como uma relevância ambiental em relação aos bosques e à água.
Manejo para garantir as necessidades da propriedade, com sistemas de captação e armazenamento da água da chuva.
Para o Bambu construímos uma proposta, pois: O Bambu é um recurso para combater a mudança climática, restaura ambientes, tem um potencial de captar carbono e com os seus rizomas e raízes regula correntes de água e previne a erosão; com o seu rápido crescimento atua de forma fantástica recuperando o ecossistema, ao formar agroflorestas sustentáveis.
5. O que você vai ganhar com isso?
Com o Bambu você poderá obter sustentabilidade.
Observa as pétalas construídas para obter resultados:
Depois, mãos à obra para construir o melhor espaço de biodiversidade tendo o Bambu no escopo.
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Gestão da cadeia produtiva do Bambu
1. Você sabe o que é a cadeia produtiva do bambu?
Uma cadeia produtiva é caracterizada pelo conjunto de atores, de atividades que envolvem as diversas etapas de processamento e transformação de matérias-primas básicas em produtos finais.
2. A importância para a gestão
Realizar planejamento de políticas de desenvolvimento local, estudos de tecnologia e análises de práticas integradas no escopo de produtividades.
3. Fases da cadeia produtiva do bambu:
Quantas fases são contabilizadas na Cadeia produtiva do bambu?
Três fases.
3. 1. Primeira fase: Morfologia e o cultivo de bambus.
3.1.1.Na morfologia estão as partes:
aérea = colmos
Subterrânea
Comportamento do Rizoma: entouceirantes e alastrantes e semi entouceirantes.
O colmo – A fase de brotação dos bambus entouceirantes inicia-se em meados da primavera e permanece durante todo o verão.
A maturidade dos colmos em 3 anos, para bambus de rizoma paquimorfo (entouceirante) e 5 anos para bambus de rizoma leptomorfo (alastrante).
Raízes, folhas e ramificações:
Crescimento e desenvolvimento, até a maturidade dos colmos
3. 1. 2. Cultivo de bambus
a) Condições ambientais
b) Parâmetros para a escolha de espécies
c) plantio: operações e espaçamento
d) Fertilização
e) Manutenção (cuidados especiais com bambus alastrantes)
f) Pragas e doenças
g) Produtividade
Nas condições ambientais: solos com boa drenagem, mas com boa retenção de
umidade.
Pluviosidade: 1800 mm e 2.500mm anuais.
Escolhas das espécies: definição dos objetivos do plantio.
Verificação do espaço a ser ocupado pelos bambus.
Plantio: preparo da cova: 40 X 40 x 40 e adubo cama de aviário.
Exigências nutricionais: PH: 5,5 – 6,5.
Adubação: esterco revigorado (NPK) – Aumento da quantidade de húmus.
Produtividade dos cultivos:
A produtividade dos bambuzais varia em função das condições naturais da espécie, disponibilidade de água e nutrientes, qualidade do manejo realizado e condições climáticas.
3. 1. 3. Manejo do bambu
Ferramentas adequadas e segurança –
Aproveitamento dos colmos (colheita, época, corte correto, idade dos colmos).
Limpezas periódicas nos bambuzais, para eliminar os
caules secos, velhos, com defeitos e quebrados e deixar as touceiras mais arejadas.
Período do manejo: anual.
O corte total da touceira pode matar a touceira….
●Corte parcial
●Raleamento
Colher 50% dos maduros. em diferentes setores da touceira.
As melhores condições quanto às propriedades físicas do solo para o desenvolvimento de bambuzais são: abundância de matéria orgânica, boa drenagem e alta umidade.
E não a solos encharcados, como os de regiões de brejo e banhados.
Recomendamos a incorporação de composto orgânico e mulch, pelo menos duas vezes ao ano. Jamais se deve manter o solo descoberto.
-Espaçamento – Gigantes – 7m por 7m
As espécies alastrantes podem ser plantadas em 3×3 metros para
facilitar o manuseio e transporte.
Fazendo valetas que limitarão sistema radicular dos alastrantes.
Colheita: após a brotação e durante a época seca, após os colmos jovens desenvolverem folhas, primeiras horas da manha e últimas horas da tarde (menor atividade fotossintética).
Idade dos colmos:
Colmos com liquens são maduros – com folha caulinar são jovens.
3. 2. Segunda fase da Cadeia produtiva do Bambu:
Relacionada a produtos finais de artesanatos, movelaria e construção com bambu.
Fonte: ANDRE LUIS ORTHEY.
3. 3. Terceira fase da cadeia produtiva – relacionada a serviços:
Ecoturismo, energia, ecossistema, meio ambiente, e campos culturais.
4. O que você vai ganhar com isso?
Poderá implantar projetos com bambu nas três fases da cadeia produtiva:
gerar uma renda extra ou principal, encaminhar soluções econômicas e sociais e viver com sustentabilidade.
Bambu
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Bambu e suas perguntas frequentes
Perguntas frequentes:
1. O que é Bambu?
O bambu é uma gramínea e pode ser cultivado em solos de baixa fertilidade. Versatilidade, resistência, tonicidade, adaptabilidade climática, resistência a terremotos, rápido crescimento, fácil manejo e beleza visual.
O bambu é um material sustentável e não precisa ser replantado.
O bambu é extremamente eficiente no armazenamento de água nos talos. Isso preserva a umidade dos solos regulando e conservando as fontes de água. É a planta que mais sequestra carbono no planeta e pode ajudar a resolver a crise climática.
2. O que pode ser feito de bambu?
Técnica:
3. O que pode ser utilizado do bambu?
Todas as partes planta, incluindo os rizomas, colmos, brotos, folhas, ramos e folhagens.
4. Quanto tempo leva do plantio da muda até a maturidade do bambu?
O bambu é a planta que mais cresce em velocidade no mundo; em média, pode crescer até 13 cm por dia. O broto do bambu já sai da terra com um diâmetro formatado para toda a sua vida. Algumas espécies, podem medir mais de 10 metros, em seis meses. A maturidade e resistência do bambu é alcançada aos 3 anos.
5. Quantas espécies existem de bambu?
Existem cerca de 1400 espécies de bambu no mundo todo. Todas com diferentes características e propriedades.
Principais bambus exóticos de interesse econômico e tecnológico no Brasil:
Dendrocalamus giganteus (Bambu gigante) entouceirante.
Dendrocalamus asper (Bambu gigante) entouceirante.
Bambusa vulgaris Bambuçu) entouceirante.
Bambusa tuldoides (Taquara) entouceirante
Bambusa vulgaris vittata (Bambu verdeamarelo) entouceirante.
Phyllostachys pubescens (Bambu mossô) alastrante.
Phyllostachys aurea (CanadaÍndia) alastrante.
Guadua angustifolia semialastrante.
6. Todas as espécies de bambu servem para construção?
Dendrocalamus asper e D. giganteus (bambu gigante), Phyllostachys pubsenses (mosso), e o Guadua por conta da linearidade e bitola de suas varas.
7. Quanto tempo dura uma estrutura de bambu
A durabilidade depende das espécies escolhidas, da tecnologia aplicada, do tratamento e da manutenção, quando necessário.
8. Colheita do bambu?
Corte rente ao nó.
9. O bambu precisa de tratamento?
Sim!
Brocas e carrunchos procuram o amido do bambu. Distinga cura de tratamento.
Há cura pela água.
Cura pelo fogo.
Controle químico, indicado para obras no tempo.
a) Tratamento por imersão em tonel de 200l.
b) Em um tanque: Diafragmas devem ser rompidos, furados com uma barra de ferro, para que a parte interna do Bambu seja tratada.
c) Pela injeção nos entre nós.
10. Qual a experiência da Morada do Bambu com o bambu?
Começamos com observações e leituras sobre o bambu.
2016 A produção de móveis para a casa.
2017 Curso de construção de um galpão de bambu:
a cadeia produtiva e as fases da construção.
Em 2018 Curso de Movelaria
Livro
2019 Curso de Pirâmide de Bambu.
2020 Livro Salvar vidas ou economias?
Parque dos Bambus obra na UFSM: 3 pirâmides, caminho sensorial, caminha
elástica, geodésica e 4 sofás.
2021 Cursos de artesanatos e movelaria e estufa de bambu
2022 Estufa de bambu. Uma escada de bambu. Participações em eventos online de bambu, sendo ator e ouvinte.
Incentivo a novos bambuzeiros(as) com cursos, encontros de aprendizagens e práticas.
Mentoria e estudos.
2023 Produção de mudas e Projetos:
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