Por que há crises ambientais?
No início tudo era lindo, e vivia-se em consonância com a natureza. Mas os ambientes naturais, que poderiam continuar sendo a melhor forma de construir a existência, foram modificados pelo ser humano.
No século XVIII, com a revolução industrial, agravou-se a insustentabilidade. Com o uso do petróleo e seus derivados, no século XX, houve um extraordinário aumento dos consumos dos recursos naturais e novos estilos de vida; proliferaram as grandes crises.
Com o incrível aumento dos desmatamentos, ocorreu a destruição de ecossistemas terrestres. Isso trouxe a destruição de solos, a erosão, a desertificação, a
extinção de espécies e o declínio da biodiversidade, globalmente.
No Brasil, duas catástrofes ambientais nos deixaram muitos sensibilizados: a de Mariana, em 2015 e a de Brumadinho em 2019.
Foto de Ricardo Stuckert Rio Paraopeba, contaminada pela lama tóxica da Vale, traz riscos à saúde. 1.
Legisladores sempre estiveram atentos. Temos a Agência Nacional de Águas (ANA), criada pela lei no 9.984 de 2000. É reguladora, dedicada a fazer cumprir os objetivos e diretrizes da Lei das Águas do Brasil, a lei no 9.433 de 1997. Segue basicamente quatro linhas de ação: regulação, monitoramento, aplicação de lei e planejamento.
Apesar do histórico de legislações nas Constituições, o problema, para nós, não está na lei, mas na mudança da legislação. Enquanto países desenvolvidos tem leis que são referendadas para até dez anos, a nossa legislação está à mercê de constante mudança. O que pesa mais para determinados grupos de parlamentares no Congresso, não é a proteção ambiental, mas a sua vantagem pessoal. Os impactos ambientais da mineração afetam os ambientes hidrológicos, atmosféricos, além da biosfera, dos solos e das formas de relevo.
Com o agravamentos dos problemas foi necessário um relatório na transição do governo Lula: “quanto ao legado do governo Bolsonaro no âmbito das políticas
ambientais e climáticas, é notório o rebaixamento organizacional e a falta de compromissos com os acordos internacionais. A destruição ambiental nos dois últimos anos foi a maior em 15 anos. Em quatro anos, o governo Bolsonaro destruiu 45 mil km2 com desmatamento só na Amazônia”. 2.
Então, mudanças climáticas atingem o Meio Ambiente, alterando os resultados dos gases, efeitos estufas e de aquecimento global. No Brasil, chuvas em grande quantidade em algumas regiões e secas prolongadas em várias outras. Nada acontece por acaso, pois há destruição em larga escala dos lençóis freáticos, contaminação das águas e destruição das matas em favor de novos empreendimentos. O desenvolvimento econômico tem puxado a fila do progresso em nossas sociedades.
A ética do lucro sem medida precisa ser substituída por outra ética, a ética do cuidado com a terra. É hora de parar e refletir sobre a ética, sua história e fazer a melhor opção.
O livro Soluções para as Crises: Sociedades Sustentáveis apresenta as éticas e faz uma comparação da ética do progresso, da sociedade industrial com a ética da Permacultura, do cuidado com a terra. 3.
O ser humano esquece da vida. Os valores são apenas materiais, a terra é contaminada com venenos, as árvores são arrancadas de seu lugar de origem, a fauna e a flora deixam de existir, vem a crise climática.
Então, vivemos tempos que clamam por políticas públicas e ajuda mútua em prol do meio ambiente e da sustentabilidade. Refloreste o meio ambiente com bambu!
Referências:
1. Vale: http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/news/Paginas/brumadinho-balancodasacoesate252.aspx. Acesso em 12 de março de 2019.
2. Relatório de Transição do Governo Lula.
3. Bagetti, Vilmar. Soluções para as crises: Sociedades Sustentáveis: Permacultura e Bambu. Santa Maria RS. 2018.